quarta-feira, 24 de junho de 2009

Na terra do Leão, destaque é a Zebra!


O que parecia impossível, aconteceu. A seleção dos EUA chega a final da Copa das Confederações após a vitória de 2x0 sobre a Espanha, que até então estava invicta a 35 partidas. Como isso aconteceu? Não tenho muita certeza, alguns nomes podem ser levantados como fatores que colaboraram para esse feito: Bob Bradley, técnico dos EUA; Sérgio Ramos, após falhar no segundo gol; Howard, que parou o ataque da Fúria; Barack Obama, que devia estar torcendo bastante e deu sorte. Um desses deve ter feito a diferença.


Claro, não se pode tirar o mérito da seleção dos EUA, mas algo que me chamou bastante atenção na última rodada da fase de grupos, foi que os Estados Unidos praticamente não era cogitado na briga pela segunda posição do grupo B. O foco estava na Itália e caso algum desastre acontecesse o Egito se classificaria e a seleção norte-americana já era dada por desclassificada.


Mas quando a seleção perde, ninguem gosta, ou pelo menos não tem vontade, de avaliar a parte proveitosa da equipe na partida. Desde o começo os EUA jogavam para frente, enfrentando o adversário seja ele qual fosse. Fugia daquele futebol de time pequeno, retrancado, medroso, que só chuta para frente e torce para em um momento de sorte a bola entrar e caso não ocorra, o empate já lhes agrada. Contra a Itália levou 3 gols, mas saiu na frente no placar e dois dos três sofridos foram de fora da área, dois belos chutes dos jogadores italianos. E contra o Brasil? Realmente contra o Brasil os EUA não teve uma atuação boa, mas demonstrou incomodar em alguns lances.


A seleção norte-americana está longe de ser uma seleção forte. Dentro das limitações, Bob bradley faz o possível para levar o time adiante. Construiu um sistema defensivo muito forte, em linhas de quatro, que inviabilizou a chegada do ataque espanhol com facilidade dentro da área. Assim a Espanha tentava levar perigo pelos lados do campo, com Sérgio Ramos e Riera, mas quando a bola era levantada para área, tinham sempre cinco jogadores norte-americanos próximos para atrapalhar ou evitar a conclusão da jogada. Bradley, vê nas subidas rápidas ao ataque, uma de suas principais armas, sendo Donavan e Dempsey os responsáveis a articular as jogadas.


A Espanha não pode ser crucificada, nem ter sua potencialidade colocada em xeque, até porque invencibilidade de 35 partidas não é para qualquer um. Teve domínio de bola durante toda a partida e chegou frequentemente ao ataque. O único erro foi a falta de pontaria para a conclusão das jogadas e , em duas bobeiras da zaga, levaram dois gols. Ainda continuo achando a Espanha uma das candidatas ao título da Copa do Mundo de 2010, mas claro, ainda precisa de alguns acertos na equipe.


Assim, a zebra vai ganhando força e tamanho na reta final da Copa das Confederações, ficando um aviso para o Brasil, que favoritismo não ganha jogo. A partida tão esperada entre Brasil e Espanha foi adiada, talvez até a Copa do ano que vem. E nós ficamos por aqui, torcendo para que a zebra tenha aparecido pela última vez na Copa das Confederações.

2 comentários:

  1. De bom da vitória norte-americana fica a graça do futebol, que surpreende cada vez mais. Não só os Estados Unidos não eram cotados para a final da Copa das Confederações como também jogaram num esquema de "perder de pouco". Acho que nem eles imaginavam que chegariam tão longe.

    É uma pena que a Fúria da Espanha, com futebol tão fascinante, acabe se juntando à Laranja Mecânica holandesa de 1974 e 1978 e ao Brasil de 1982 no rol de equipes com futebol de encher os olhos que tropeçaram em times inferiores.

    É, Willon, espero que amanhã não dê zebra. O bicho de quinta tem de ser o CANARINHO.

    Abraços,

    Vinícius Faustini

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